segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça...

Ontem, me deitei para tentar dormir e pra variar rolei na cama até as tantas da madrugada. Atualmente são muitos os pensamentos e sentimentos que se embolam na minha cabeça e no coração. Por quê a gente complica tanto nossa vida? Por quê não é mais fácil caminhar na estrada que a gente escolheu?
Encontrei algumas respostas que infelizmente terei que concordar: quando escolhemos um caminho deixamos o outro pra trás. Nunca andamos na mesma estrada, estamos constantemente mudando o rumo dos nossos pés. E ao deixarmos a outra estrada, deixamos também pessoas que a trilharam conosco, pessoas que também estão em outro caminho, diferente do nosso.
É extremamente difícil tomar decisões em uma encruzilhada. Mas quando nos decidimos temos que andar por ele com firmeza, mesmo que mais tarde percebamos que queremos voltar...aí é quando voltamos atrás. Sim! Podemos voltar atrás.
Temos que nos dar chances, inclusive a chance de errar. Temos que perceber que somos humanos e estamos aqui para aprender, com os nossos erros, não com os erros dos outros. Claro que quando voltamos a estrada não é mais a mesma, as chuvas e o sol mudaram a paisagem do que trilhamos. E as pessoas que andaram conosco com certeza estão ainda no caminho delas.
A vida realmente é feita de escolhas, nossa dúvida sempre é a mesma : "Escolhemos a estrada certa?".
Também encontrei uma segunda resposta: Todo caminho é certo, porque é o caminho que você escolheu para seguir. Independente de onde ele vai te levar, o que importa é como você o trilhou. Caminhe sempre devagar, preste atenção nas coisas que te rodeiam e nas pessoas que passam por ele junto a você. Se um dia você resolver voltar até a encruzilhada e tomar outra direção, tudo que você viu e viveu ficará vivo na sua lembrança...esta é a forma mais correta e simples de se obter vida, porque as lembranças são para sempre!
Mas é preciso fazer escolhas... porque é difícil viver carregando um cemitério na cabeça... há coisas que precisam morrer mesmo, de verdade, em nossa vida, para que possamos de fato evoluir. Outras coisas só precisam ser resgatadas para serem vivenciadas em sua plenitude.
Eu amo. Eu sofro. Eu me curo. Me resgato. E amo de novo, e sofro de novo, e me curo de novo e me resgato de novo...
Um dia isso tudo acabará.. e eu finalmente estarei em minha casinha de madeira, com uma sala confortável onde eu possa receber amigos verdadeiros, compartilhar histórias de vida, um gostoso pedaço de bolo de fubá... e um som na viola. Sentir o cheiro dos eucaliptos vindos do fundo do quintal, lá onde a montanha nasce no horizonte...
Tem gente que ambiciona um "amor" com posses, bens materiais... coisas que um dia acabarão. Tudo que eu quero é um amor verdadeiro, que possa compartilhar sua vida e seus sonhos comigo.
Complicado isso? - NAO. Impossível isso? - NAO. Então me pergunto: por quê isso ainda não aconteceu? Talvez porque eu já tenha encontrado a pessoa certa, mesmo que ela queira isso tudo também, ela sente medo. Como todo e qualquer ser humano. O medo nos impede de ser felizes.
Finalizando meu desabafo: o medo nos impede de ser realmente felizes e que o tempo passa e a vida é feita de escolhas. Algumas delas não há como voltar.
Te amo viu? De verdade. Quero compartilhar esse bolo de fubá com você pelo resto do restante de nossas vidas... acredite, tudo na vida tem um fim, até para o sofrimento.

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